Começámos a semana de pés bem colados à Terra. Sentimos o chão rugoso e a sua textura na nossa pele. A Floresta é mesmo qualquer coisa de Incrivel! O seu cheiro está em toda a parte. E nós queríamos arranjar alguma forma de guardar este cheiro, este lugar invisível.
Apanhámos as sementes de eucalipto, aqueles botões fechados quase como uma carapaça, assim, conseguimos guardar este cheiro da Natureza na nossa memória.
Queríamos nos equipar como verdadeiros floresteiros! Por isso, construímos umas flechas (quase todos os dias queríamos uma nova), pusemos às costas em busca de passáros, queríamos observá-los de perto, mas não conseguimos encontrá-los.
Lemos a história do pássaro amarelo, o pássaro saia do livro e voava até nós e encantava-nos com o seu voo e beijinhos. Esta foi uma das nossas histórias favoritas da semana!
Passaram os dias e as nossas relações estavam mais fortes, já nos conhecíamos, começámos a sentir que a floresta do tufo era mesmo a extensão do jardim da nossa casa. Por isso, quisemos explorar mais, saímos do portão em busca de outros lugares, de outras árvores e descobrimos uma nova: O Carvalho. Apanhámos as suas sementes: as bolotas e levámos connosco para plantarmos.
Para além das bolotas encontrámos imensas amoras, trouxemos uma taça cheia mas ficou logo vazia porque as comemos todas!
Pelo caminho observámos muitas canas e com a ajuda de uma tesoura cortámos e trouxemos para o TUFO, para construir uma cabana. Tentámos várias vezes para perceber qual a melhor forma. Unimos as canas e pusemos uma manta por cima, criámos o nosso abrigo. Ficámos cheios de vontade de ir lá para dentro e já era hora do lanche, resolvemos lanchar lá. Conversámos, rimos e apreciámos o silêncio e a companhia uns dos outros.
Percebemos que a Natureza é também a nossa casa, e que temos de preservá-la em cada escolha que fazemos, por isso, quisemos aprender como se faz papel sem destruir uma árvore: cortámos e rasgámos papéis antigos, deixámos de molho em água e no dia seguinte trituramos tudo com a varinha mágica. Ela é mesmo mágica, transformou tudo numa pasta de papel e com a ajuda das molduras experimentámos como transformar papel antigo em papel novo.
Saímos felizes e só queremos voltar!
Com carinho,
Daniela e Joana